Durante o parto, o crânio do bebê suporta as contrações uterinas. Na passagem pela pelve da mãe, o crânio, muito maleável, vai se deformar para passar no colo do útero.
Estas diferentes pressões são úteis e necessárias ao bom desenvolvimento do crânio do bebê. Porém quando em excesso podem provocar diferentes deformações e consequentemente algumas disfunções, pois muitos nervos passam pelos forames cranianos.
Porém, na visão osteopática, a origem desses sintomas estão associados, na grande maioria dos casos, à uma alteração da base do crânio que afeta o nervo Vago.
Este nervo é responsável pela inervação parassimpática de muitos órgãos e vísceras presentes na caixa torácica e abdominal e que, quando afetado, pode produzir sintomas em qualquer um deles.
Essas alterações em recém nascidos acontecem, na maioria dos casos, pelo posicionamento do bebê nas semanas que antecedem ao parto. Quando não há um “encaixe” perfeito da cabeça dele em relação à pelve da mãe acontecem tensões e modificações da forma do crânio, que podem produzir congestão do forame jugular e com isso compressão do nervo Vago.
Somado a isso, em geral, encontramos outras disfunções associadas como as vertebrais, que geram um desequilíbrio ortossimpático, e também alterações do diafragma que produzem uma mudança na mecânica e na pressão intra-abdominal. Com esse quadro acaba sendo comum que esses e outros sintomas se manifestem nessa população.
Dentro da experiência clínica da osteopatia em pediatria, podemos observar que os bebês que recebem atendimento têm uma recuperação bastante mais rápida que outros bebês. Na França já faz parte da cultura, que os bebês sejam levados a um osteopata da mesma forma que são levados a um pediatra, independente de apresentarem sintomas ou não.
A osteopatia pode prevenir e tratar não apenas as cólicas e refluxos, mas também distúrbios do sono e de deglutição, deformidades do formato craniano, escolioses e muitos outros.